Monkey see...monkey do!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009


Toda a informação, boa e má, está disponível à distância de um click. É por isso interessante reparar que, com o advento da informação à velocidade da luz, existem algumas coisas que se tornaram estranhamente mais lentas. Falo concretamente do uso do belo do neurónio! A capacidade de questionar a informação que nos chega, de desenvolver um sentido critico sobre as coisas, de…raciocinar! Actualmente, aceitam-se as coisas com um preocupante ânimo leve! Dá jeito que assim seja.
Poder-se-ia à primeira impressão supor o contrário! Com mais informação, a tendência seria a de expandir ideias, desenvolver opiniões, criticar, de pensar sobre cada vez mais assuntos, de alargar horizontes e perspectivas sobre tudo e mais alguma coisa.
Evidentemente reconheço que é humanamente impossível abranger toda a informação que nos chega, mas aquela que se considera interessante e que irá ser usada, deve inquestionavelmente ser filtrada e olhada sempre de uma forma crítica. Se assim não for, esta banalização poderá levar a coisas inverosímeis. Daqui a nada estamos a gritar em plenos pulmões que o planeta é plano só porque um qualquer energúmeno assim o publicou!
Irrita-me profundamente que se tome como verdade uma qualquer imbecilidade, só porque foi lida num e-mail que vinha não sei de onde, mandado por não sei quem, que trabalha num sitio ligado a não sei o quê! Desculpem mas isto é estúpido! Bem…talvez não tanto como usar termos que, só porque são de uso comum nas redes sociais, começam a ser utilizados idiotamente no dia-a-dia sem que seja questionado o seu significado. Passo a citar “sou tão lol” ah? És quê? Estúpida? Sim!!! Sem dúvida! Inacreditável!!!…
Mas será que já não se exercita o neurónio?! Será que é assim tão cansativo? Não tenho dúvidas que com toda esta falta de exercício, não há-de faltar muito para que a obesidade…seja também um problema neural!

Identidade Criada

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Não é segredo para a ciência o facto dos mesmos progenitores terem filhos fisicamente diferentes. A explicação reside no facto de algures durante o processo de mitose celular, umas células seguirem um caminho e outras seguirem outro. Todo este processo é absolutamente espantoso… mas… porque raio seguem o caminho A ou B? Será que, já na génese celular, existe uma pequena definição da personalidade do indivíduo que se está a formar? Claro que ninguém defende esta teoria, poderá até parecer disparatada, mas quanto mais penso no assunto, mais certeza tenho. Um bebé quando nasce não é só “um molde de argila flexível que aprende a ver, a ouvir, a sentir, cujas experiências serão armazenadas no cérebro e que irão compor a maneira de como irá agir no futuro” conforme defende Freud. Vou mesmo mais longe. A forma como um bebé interage com os adultos é determinante para a moldagem da personalidade, mas não acho que seja tudo. Penso que Victor de Aveyron apesar de nem sequer falar, mostrava traços de personalidade vincados e distintos, que seriam praticamente iguais se ao invés ele tivesse sido criado por humanos. Claro que isto é a minha maneira de ver as coisas! Posso estar redondamente enganado, mas acho que existe uma…digamos…predisposição para termos uma certa personalidade. Para aprendermos e nos definirmos, de certa forma, só com aquilo que queremos. Não obstante isto, concordo com os eruditos quando defendem que as noções de pecado, culpa, aceitação, sociedade, etc que nos são transmitidas uma vez em conflito com os nossos desejos, dão origem aos traços de identidade que nos irão acompanhar ao longo da vida. Sim! Sem dúvida! Mas (felizmente) há algo mais!

De facto...união

As pontes são de facto estruturas notáveis. Unem na sua essência, sítios diferentes, culturas diferentes e até pessoas diferentes…
Um dos segredos destas complexas construções que mais me fascina é que na verdade as pontes unem, mas não ligam, totalmente os lados. Ou seja, há uma relação de união entre os lados mas não um todo a ligá-los. Existe um pequeno espaço entre a ponte e ambos os lados para que esta, quando aquece e consequentemente aumenta de volume, se possa expandir. E este é um conceito bastante fácil de entender. A relação entre ambos os lados necessita de um certo espaço! Difícil de determinar é mesmo o espaço certo para que a ligação não se perca…Mas não será assim em tudo?

Duvidas transbordantes

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Como é que distinguimos se devemos levar a sério um sentimento, ou se, pelo contrario, o devemos considerar como um capricho insignificante? Haverá algo mais irracional do que ser movido por um desejo de algo que é impossivel de alcançar? Mas…como raio sabemos que é impossivel? Será que após sentirmos que já esgotámos todas as nossas forças a tentar atingi-lo, e nos ter-mos magoado em sitios que nem sabíamos que existiam, esse algo, passa através de um espantoso silêncio, a impossivel? Claro que podemos resignar-nos muito antes mas…não ficaremos para sempre com uma estranha e inquientante dúvida? Poderemos dizer com toda a verdade “fiz o que estava ao meu alcance.”?
Paradoxalmente será que, no fim de tudo, ainda temos forças para tentar novamente?
Foto: David Fokos www.davidfokos.net

Lugar vago

quinta-feira, 30 de julho de 2009
Numa das habituais viagens de comboio, deparei-me com uma situação algo recorrente. O lugar que me tinha sido destinado…estava ocupado! Instalou-se logo em mim uma sensação de medo!!! De pânico!!! Será que me enganei no comboio? Se calhar a máquina multibanco vendeu-me um bilhete falsificado! Provavelmente para combater a crise esperam que divida um lugar com outra pessoa! Todas essas questões que afinal surgem sempre, perante uma situação destas!
Recomposto do susto, confirmei a carruagem e o lugar. Mais uma vez, tudo correcto! Fica-se sempre com aquela sensação, mas porquê a mim? Claro que surge logo um irritante mas necessário “desculpe mas penso que esse lugar é o meu!”. Normalmente seguido da parte do interlocutor de “Ah e tal! Desculpe!” ou então “Não, não! Este é o meu!”. Gosto particularmente desta segunda hipótese. A pessoa mostra gloriosamente o bilhete daquele número de lugar mas…de uma carruagem diferente!!! No entanto desta vez o usurpador olha-me com um ar de indignação, verifica que existem lugares vagos na carruagem e resmunga: “já é a 3ª vez que mudo de lugar!”. Ponderei seriamente um sentido pedido de desculpas! Já é a 3ª vez que ele muda de lugar!!! Já não há respeito! Fazer uma pessoa mudar 3 vezes de lugar! Só para chatear! É só para chatear!!! Na verdade, as pessoas que se querem sentar nos lugares a si atribuídos, são uma praga que aparece nos comboios, unicamente com o intuito de aborrecer quem já lá está sentado!

A variabilidade das incógnitas

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Uma incógnita é basicamente um valor desconhecido, que irá ser descoberto por meio de uma equação, isto na matemática, claro!
O que é uma chatice é que mediante a equação que nos é apresentada, lá está ela a mudar! Nunca sabemos muito bem com o que podemos contar! É, digamos…variável!
Agora…será uma variável dependente, independente, aleatória, discreta, continua, e por ai adiante? Será que sabemos lidar com todos estes tipos? E se chegarmos à conclusão de que na verdade, a variável não pertence à equação? Torna-a num conjunto vazio? Ou pior ainda, chega-se a uma solução de possível mas indeterminada?
Por outro lado temos as variáveis mudas! Essas sim! Essas fazem todo o sentido!?! Defendem a ideia de que mais vale estar completamente afastado, não falar, não intervir, porque estar assim é estar absolutamente incapacitado para qualquer tipo de acção e portanto tão afastado quanto se pode estar da culpa...

A Matemática pura é, à sua maneira, a poesia das ideias lógicas. (Albert Einstein)

Big “Bóing”

terça-feira, 21 de julho de 2009

A teoria do Big Bang defende que há 20 bilhões de anos (mais coisa menos coisa) atrás o universo não existia, nem o espaço vazio, nem mesmo o tempo.
Tudo o que existia era uma esfera extremamente pequena, do tamanho da ponta de uma agulha que explodiu dando origem a tudo o que conhecemos e que actualmente ainda se encontra em expansão.
Gosto especialmente desta teoria. Gosto! Gosto da parte em que a esfera se irrita e explode. Gosto porque é fácil de entender! O que não falta no nosso dia a dia são esferas a explodir de tão irritadas e frustradas que andam e é reconfortante pensar que fazem isso porque estão apenas a reproduzir o que aconteceu no início dos tempos. É claro que fica a faltar um pormenor…a esfera que explodiu era extremamente pequena! Mas até nisso as reproduções são bem feitas…